segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nada de calmaria


Num dia você se sente muito sozinho.
Mas, logo se apaixona loucamente por alguém que encontrou numa improvável quinta-feira.
Você nem estava pensando em ir naquela festa e estava longe de se sentir a pessoa mais interessante do lugar.
Apesar disso, ele estava ali te olhando a noite toda.

Você se casa.
Sente-se muito feliz e realizado por ter tido uma cerimônia de cinema.
Para completar, o seu amor estava lá te olhando atento como se nada mais existisse ao redor.
Tudo saiu muito melhor do que imaginou.
Vocês foram felizes, fizeram planos de terem filhos, montaram roteiros de viagens juntos e de repente, se olham e percebem que já não estão mais felizes.
Notam que não existe mais um casamento.
Se continuarem juntos irão se magoar profundamente.
Muitos não se separam, pois não estão dispostos a começar tudo de novo.
Outros criam coragem e se jogam em direção ao desconhecido.
Alguns protelam aquela situação até se verem diante de uma traição imperdoável e não resta outra alternativa a não ser romperem.

Você chora.
Acha que nunca mais vai encontrar alguém.
Se envolve com várias pessoas que não têm nada a ver com você.
Faz de tudo para funcionar com aquela pessoa que tem as características do seu roteiro.
Mas, não adianta.
Você se ilude.
Se engana.
É enganado.
Até se apaixonar por alguém que não está nem aí para você.
Perde a fé.
Desiste.
Mas, de repente encontra uma pessoa que reascende toda a sua esperança.
Alguém que se importa com o que você está sentindo.
E te faz descobrir que você não precisa decifrar código nenhum e que não fez nada errado antes.
As coisas simplesmente funcionam entre vocês.
As coisas acontecem.
Existem mil situações que têm tudo para fazer dar errado, mas tudo sempre dá certo.
Então, vocês viajam juntos, resolvem morar na mesma casa e planejam um filho.

Na carreira há o mesmo.
Você passa no primeiro vestibular.
Conclui a faculdade e arruma um estágio que irá abrir várias portas para a sua vida profissional.
Tem uma história bem sucedida.
Recebe várias promoções e atinge mais objetivos do que havia imaginado.
Um dia, você percebe que não combina com nada do que está ali.
Ao chegar naquele lugar onde muitos adorariam estar, você descobre que precisa recomeçar.
Troca o A pelo B.
Sai do norte para sul.
Muda da água para o vinho.
E tudo terá que ser construído novamente.
Você consegue e faz isso com tanta felicidade que nem entende como não havia pensado nisso antes.

Nós nos apegamos às histórias para adiar uma reestréia.
Os períodos de calmaria não existem.
São ilusões que criamos para não inaugurarmos o novo.
Mas, não tem jeito.
Sempre precisamos recomeçar.
A vida é repleta de novos inícios.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Primavera, verão, outono, inverno, primavera...

Fases existem.
Vezes estamos ventando, depois nos voltamos para dentro, até que recomeçamos a florir e como num passe de mágica nos transformamos em puro calor.
E tudo recomeça: outono, inverno, primavera,verão, outono, inverno, primavera...
Já passamos e iremos passar por todos elas até o fim.
Apesar de sermos diferentes em cada estação, nossa essência continua a mesma: única, exclusiva, especial.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sutileza

A vida é muito interessante mesmo.
Adoro ouvir a história das pessoas, descobrir como pensam e entender o que buscam. Cada vez fico mais fascinada com a natureza humana.
Ontem, estava na praia conversando com o dono da barraca e ele me falou coisas muito tocantes.
Ele disse que precisava começar a recolher as cadeiras porque fazia duas viagens até levar tudo da praia até o morro do Vidigal onde mora.
Eu respondi no automático, sem pensar: _” Cansativo, né?”
E ele me respondeu: _ “Não tem nada na vida que a gente não se adapte”.
Aquela frase me chamou a atenção e eu balbuciei, ainda meio surpreendida, algo como “é verdade”.
E ele continuou.:_” Eu gosto muito do que eu faço e tenho muito orgulho de tudo o que eu consegui ser depois que comecei a trabalhar aqui. Eu falava gíria, era agressivo e revoltado com as minhas dificuldades e achava que todo mundo queria me enganar de alguma forma. Aqui, aprendi a falar melhor, hoje consigo conversar com os diversos tipos de pessoas. Descobri que existem pessoas maravilhosas que nem me conhecem e sempre estarão dispostas a me ajudar. Percebi que apesar de ter uma vida muito diferente de todos à minha volta, ninguém me trata de forma desigual. Compreendi que gosto de servir as pessoas porque elas me devolvem isso através de gratidão.
E ao voltar para a minha casa ganhei: o respeito dos meus amigos porque todos me consideram um vitorioso, conquistei a admiração da minha mãe porque sou honesto e consigo olhar para os meus filhos com firmeza porque tenho algo de bom para ensinar para eles”.
Fiquei sem palavras com tanta beleza. É comovente perceber que milagres acontecem bem perto da gente. Aquele homem resgatou a minha atenção para as sutilezas do dia-a-dia. São estas pequenas bênçãos que tornam o nosso dia mais colorido.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Atire-se !

Diga o que você está sentindo.
Corra atrás do que você quer. Isto é necessário.
Exponha-se. Revele-se. Não tema julgamentos.
Escolha. Seja escolhido. O que é que tem ser rejeitado? Isto não te fará ganhador ou perdedor.
Arrisque-se. Cair dói. Mas, nada dura para sempre.
Para que construir barreiras que ao invés de nos protegerem, desabam sobre nossas cabeças?
Desista de estar certa, simplesmente seja feliz.
Abra mão das certezas, não se pode controlar tudo. Aliás, a gente não controla nada!
Pare de procurar respostas, algumas delas simplesmente não existem.
Pareça ridículo de vez em quando, isto é bem melhor do que não ser verdadeiro.
Vale a pena ser romântico ainda que isso pareça estranho ou fora de moda.
Perca o medo de errar, mas tema fortemente tudo o que você não tentar.
Atire-se! Há vida em todo lugar, coisas importantes estão acontecendo agora, construa suas histórias.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem sou eu?

Eu sou aquilo que eu percebo, mas também o que ainda não sei.
Sou exatamente assim, apesar de ser aquela que desejo ser.
Tenho muito do que já vivi somado a algo que abandonei, embora esteja acrescida de tudo que me falta.
Sou assim, e agora já sou diferente.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sonhos


Todo mundo sempre nos estimulou a sonhar.

Os sonhos são necessários e fundamentais na vida de todas as pessoas. Sonhar nos impulsiona, nos estimula, nos joga para frente.

Sonhando vivemos histórias diferentes, visitamos lugares onde nunca estivemos, flutuamos em romances misteriosos. Sonhar é uma forma de viver uma dimensão à parte daquela que estamos.

O que ninguém nunca nos ensinou é que precisamos flexibilizar os nossos sonhos. Em geral, eles nunca se realizam da maneira que a gente idealizou. Nunca ! Alguns deles serão piores, outros serão melhores, mas na verdade, todos serão diferentes do que imaginamos.

Algumas pessoas passam a vida tentando encaixar a realidade nos sonhos e isso é muito frustrante. É como buscar algo impossível, esperar pelo que não vai chegar, perseguir aquilo que é inalcançável.

Você sonhou com uma casa grande, num bairro movimentado, perto do trabalho, que tenha piscina e uma sala bem grande para receber os seus amigos? Se não conseguiu, ainda assim você pode ser feliz ao descobrir que é muito bom acordar pela manhã com os pássaros cantando na sua janela. Ou que a sua casa é pequena, mas os verdadeiros amigos não se importam com isso porque para eles, e para você também, o importante é estarem juntos e que as gargalhadas expandem a sua alma mais do que qualquer lugar.

Você imaginava chegar aos 30 anos com uma carreira fantástica, ganhando tão bem que não precisaria fazer conta, reconhecida, com um cargo invejável em uma multinacional? Se você conseguiu ou não conseguiu, pode entender que fazer o que se ama é mais importante do que chegar a algum lugar. Trabalhar naquilo que a gente gosta nos deixa mais fortes, nos faz ter a sensação de que estamos transformando o mundo e faz cada dia árduo de trabalho parecer domingo.

Se você sonhou e não conquistou um companheiro romântico que diz eu te amo a cada 5 minutos, que te prepara um jantar surpresa em plena terça-feira, que nunca te traiu e que compra um outdoor na porta da sua casa dizendo que você é a mulher da vida dele ainda pode se sentir amparada mesmo sem ter tudo isso. Pode entender que um homem que se abaixa para amarrar o seu tênis, que troca a sua água de coco pela dele só porque você disse que estava sem graça e que fica vigiando o seu sono enquanto você descansa é um presente. Ele não é como nas novelas, mas cuida de você como ninguém.

E se você estiver desacompanhada, pode se surpreender recebendo um presente do seu irmão no dia dos namorados. Ele simplesmente tentou dizer que mesmo sem um par você não está sozinha.

E você? Já flexibilizou os seus sonhos?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Carta de despedida


Amor, meu grande amor, eu o deixo partir.

Preciso abrir mão de você, da nossa história, do meu apego por tudo que nos cerca. É necessário deixar morrer o que resta de nós.

Também não vou permitir que você retorne. Nossa vida é repleta de partidas, mas para mim não há nada mais agonizante que os seus regressos.

De que adianta voltar se não há nada de novo para me dizer? Por isso não fico mais feliz com o seu retorno. Não existem diferenças em cada uma das suas muitas chegadas. Talvez você não saiba o que dizer porque se quer conhece o motivo pelo qual voltou.

Eu me cansei deste filme, desta sua incapacidade de se compreender, de saber o que deseja para ser feliz, desta sua total inabilidade para guiar a sua própria vida. Você não é capaz de construir o seu futuro, sua vida, tudo parece um barco à deriva. Não quero fazer parte disso porque nada mais aqui combina comigo.

À partir de hoje, me dedicarei à mim, apenas à mim.
Preciso me fortalecer desta tempestade. Preciso me reencontrar, voltar ao meu eixo, me reestabilizar.

Cada vez que você partia e voltava, eu me dilacerava, me despedaçava e me repartia. Depois de me ver em pedaços, descobri várias peças do meu quebra-cabeça, encontrei partes incríveis e algumas até assustadoras. Mas, sabe que gostei muito de tudo o que eu vi?

Talvez, agora e só agora eu esteja pronta para me remontar. Não tenho dúvida de que me transformei em alguém formidável. Preciso agradecer à vida por ter me oferecido esta nossa história.

Noto que tenho falado muito de mim e não de você, mesmo agora nesta despedida, o centro sou eu, são meus sentimentos, minhas percepções. Querido, eu saí de você. Às vezes, te olho de longe percebendo que já não somos um e ao mesmo tempo que sinto medo de partir, não vejo como voltar. Desta vez, quem parte sou eu.

Eu abandono você. E faço isso porque não há nada mais necessário do que a minha felicidade. Mesmo desafiando o passado, apesar de fazer o que jamais imaginei ser capaz, ainda que eu precise recomeçar, o momento é para dar adeus.
Resolvi criar espaço para o desconhecido encher a minha vida com surpresas.

Que Deus continue sendo generoso comigo e com você também.

Com amor,
Eu

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dúvida


Como saber se a decisão que estamos tomando é a correta? É possível ter certeza de que este caminho é o melhor? Dá para intuir qual a melhor escolha? Que tal consultar uma cartomante? Ou uma astróloga seria melhor? Quem sabe alguém possa decidir por mim?

Pensamentos me atravessam sem o meu consentimento, depois vão embora. Em seguida, retornam e me alteram novamente.
Medo, angústia, insegurança, inquietude, meu corpo estremece. Depois tudo se esfria e sinto enjôo, dor, amor, esperança.

Já mudei de opinião milhões de vezes. Senti todos os sentimentos que se pode sentir. Vivo os tormentos da incerteza, depois eles se distanciam.

Melhor deixar tudo como está ! E ao dizer isso, percebo um enorme vazio se abrir à minha volta. O conflito invade meu corpo em ondas de calor que me sufocam. Em seguida, percebo tudo com clareza e logo adiante não compreendo mais nada.

O vazio fica gritando e eu tento ignorá-lo, preenchê-lo, esquecê-lo, dissimulá-lo, mas o buraco ecoa com a força de quem tem algo importante a revelar.

Então, finalmente paro para escutar o que ele tem a dizer.

Me volto para mim, retorno ao meu lar, é importante me reencontrar, ter contato comigo e com a minha natureza mais pura, minha origem, busco a minha essência. Preciso voltar para a casca para me sentir inteira apesar de toda esta incompletude.

É importante me sentir à vontade, estar onde sou eu mesma, onde posso realizar algo que de fato muda a energia, altera minha matéria, que me faz restabelecer a conexão com aquilo que realmente sou.

Talvez dentro, bem aqui dentro, esteja a resposta.

Parece ser muito difícil, embora de vez em quando se torne extremamente fácil.

E seguem as contradições da minha dúvida....

domingo, 9 de janeiro de 2011

Desfecho


Há pouco, palavras como felicidade, contentamento, êxtase, encantamento, satisfação, alegria, leveza e liberdade rondaram os meus dias.
Meu olhar ávido e perceptivo captava e absorvia o mundo na velocidade de um cometa. Hora ou outra, um pensamento temeroso atravessa meu jardim florido e me perguntava: -“tudo está bem demais para ser verdade, não acha?” Mas, logo se evaporava, se dissolvia, se soltava. Ainda que eu tentasse agarrá-lo, algum outro suspiro de beleza roubava a minha atenção e me capturava com profundidade.
Nada aparentemente mudado, mas tudo tão irregular, disforme, distorcido, incomum. Cada coisa igual se tornou magnificamente diferente.
Alguém me contou que este era um processo de desocupação e que esvaziar nos torna leves e assim podemos voar alto, ver o mundo sobre uma perspectiva diferente, e que quando o vento envolve todo o nosso corpo com esse frescor tornamo-nos livres. Bem-vinda toda a liberdade que me fortalece!

Ao revisitar meu cenário predileto, me vi confrontada com tudo aquilo que eu tentava desabitar. Ali, justamente ali naquele exato lugar, onde esvaziada por outrem comecei a me preencher. O início e o fim ficam frente a frente num duelo magnífico. Eis o ciclo inexorável da vida.
Daqui do alto tudo parece simples, fácil, definitivo. Enfrentei este encontro de maneira corajosa, sincera e espontânea. Nada pareceu complicado diante do passado, porque eu cresci com todas as felicidades e sofrimentos dos encontros anteriores e de repente compreendo porque todos eles me foram tão importantes. De cima, mas inteiramente inserida, percebo que nada mudou, exceto eu. Tudo parecia familiar, repetido e regular, mas como num passe de mágica me percebi assistindo a uma peça, só que desta vez sentada na platéia. Foi assim até as cortinas se fecharem.
Quando tudo acabou, o meu corpo reagiu contundente mostrando de forma inquestionável aquele estranhamento. A respiração me faltou, um enjôo me invadiu pelos dois dias seguintes, minha cabeça repassava o texto sem parar. Tudo tentava ocupar a poltrona para que eu voltasse à cena, mas o palco já estava distante, inalcançável e irreconhecível.
Se a liberdade é tão encantadora, para que tentar preservar coisas que não me servem mais? Por que este apego emocional por uma moradia repleta de sensações que já não me identifico?
É chegado o momento da decisão: agarrar dores e mágoas para me manter ocupada ou perdoar um passado sofrido mesmo assumindo o estranhamento deste vazio?
Opto por me arriscar destemida na direção do nada. Ainda que eu seja totalmente ignorante com o que vem pela frente, rezo a Deus e peço permissão ao meu coração para caminhar para o meu futuro de incertezas. Recupero o fôlego, sorrio e percebo que chegou a hora de recomeçar.

Não existe um ponto final




Muitas perguntas sem resposta.
A lógica não existe.
O que está aberto continuará e nada fará sentido. Mas, ainda assim é preciso desabitar, desinstalar, desprogramar.
Você não precisa arrumar nada. Apenas, sacuda, misture, balance, até eliminar o resta.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Seguir


E quando o corpo exitou tentando frear meus passos, resolvi seguir.
Um suspiro leve trouxe a coragem para mais um enfrentamento.
O durante me ensinou a lidar com o inusitado.
Tudo ali parecia comum, natural e íntimo.
No desfecho, uma inquietude conhecida.
Um ritmo acelerado tomou-me sem pedir licença.
Em seguida, uma longa paralisia.
Congelei-me por completo e fiquei ali observando o estranhamento.
Nos encaramos num longo silêncio para entender o que cada um tinha a dizer.
Mesmo sem diálogo pude compreender que éramos dois.
Fui invadida, povoada e preenchida por uma tormenta que não me assustava.
Pedi que ela se retirasse.
Prefiro retomar meu vazio.
Não quero ocupá- lo com o passado.
Um alivio retorna junto com um raio de sol que entra pela janela.
Levanto, sorrio e retomo novamente o meu caminho.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Amanhã


A gente fica mesmo se reconfigurando o tempo todo, somos eternas obras de artes inacabadas.

Tenho à minha frente várias páginas em branco.  Isto me deixa ansiosa, eufórica e entusiasmada. Sou de diferentes estímulos, vários gostos e muitas coisas ao mesmo tempo.

Estou feliz agora. Não me importa mais o quanto sofri, minhas lembranças tristes vão se tornando apenas recordações. E já consigo perceber que cada dor me fez mais. Mais profunda, mais intensa, mais verdadeira, mais próxima de mim.

O futuro vai se tornando agora. Vai se fazendo.  Pronto, chegou!

Sou um conjunto de emoções misturadas. Fui invadida pela minha diversidade.
Preciso conciliar as diversas mulheres que me habitam. Dar vazão a elas. Preciso de cada uma para me compor. A filha, a filha que às vezes é mãe, a trabalhadora, a professora, a corredora, a amiga, a estudante, a observadora, a escritora, a que não tem tempo para nada, mas ainda assim encontra tempo para tudo, a que precisa dormir, a da agenda apertada, a agitada, a incomodada, aquela que vai começar um novo projeto e não pode abandonar os antigos, a que precisa de colo, a que gosta de gente, aquela que redimensiona seus sonhos, a transgressora, a ajustada, aquela que precisa de romance, a que busca , a que tem esperança.

Pensamentos no amanhã andam em círculos. Eles vêm e vão, mas o amanhã é apenas o dia seguinte. Nada além disso. Então,  fica tudo como está e vou me deixando elaborar ao longo do dia.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Correndo na semana passada....


Correndo no Jardim Botânico percebi que cinco reais podem te levar longe, que mesmo estando numa cidade grande é possível respirar ar puro e leve, que a sombra das árvores pode ser mais eficiente do que o ar condicionado, que é possível escutar o silêncio mesmo que o barulho ao redor seja ensurdecedor, que dá para passar mesmo quando a trilha é estreita, que retornar pode te trazer uma visão diferente, que seguir por um caminho que parece não fazer sentido te faz descobrir novas paisagens, que andar em círculos pode ser muito divertido, que ao contrário do que parece a vida não é uma reta, que nem sempre precisamos saber para onde estamos indo....

Olá a todos os que por acaso vierem parar aqui !

Depois de passar a vida no meio de cálculos, dados e números, descobri que gosto de escrever. Existem alguns anjos que passam pela nossa vida para ativar alguns dos nossos desejos. Ao prazer de escrever, dedico à Lia, o anjo que me fez despertar.
Pensei num Blog para que eu pudesse dividir com as pessoas tudo aquilo que estou sentindo, pensando, vivendo e imaginando.
Nada como um ano novo para colocar em prática o que há anos está apenas nos sonhos.
Eis-me aqui. 

Espero que gostem !

Beijos
Karine